23 de maio de 2011

Ana Cristina e Maria Elizabeth Ridzi - Beleza em dose dupla em 1966

Ana Cristina e Maria Elizabeth Ridzi eram gêmeas idênticas, filhas do engenheiro Michal Ridzi, nascido na Tchecoslováquia e Anita Bercet, descendente de italianos. Elas naceram na Casa de Saúde Frau Heim, Rio Comprido, em 30 de abril de 1947. Ana Cristina nasceu 10 minutos antes de Maria Elizabeth.
Ainda crianças se tratavam por dois carinhosos apelidos: Ana, Balãozinho e Maria Elizabeth, Milica.
Juntas participaram do concurso Miss Guanabara, em 1966. Maria Elizabeth foi eleita Miss Suéter e recebeu primeiramente o convite para se candidatar. Inicialmente recusou só vindo a aceitar depois que Ana também decidiu concorrer.
Ambas trabalhavam no Banco de Crédito Mercantil e cursavam contabilidade na Faculdade Cândido Mendes. No concurso, Maria Elizabeth representou o Banco onde trabalhavam e Ana, o Marã Tênis Clube.
Milhares de pessoas estavam no Maracanãzinho na eleição da Miss Guanabara.
Justino Martins escreveu na Revista Manchete, de 25 de junho de 1966: entre estas gêmeas cariocas só havia uma diferença de temperamento. Uma era mais efusiva que a outra. Quando Ana Cristina ria, Maria Elizabeth apenas sorria. Quanto ao resto, eram iguais, inseparáveis. Mas, agora, o concurso para a escolha de Miss Guanabara distinguiu Ana Cristina com sua faixa gloriosa para a disputa do título de Miss Brasil. Maria Elizabeth colocou-se em segundo lugar, porque era impossível eleger duas Misses Guanabara para um só ano. No entanto, Milica não ficou triste. Ela vê, em sua irmã, um reflexo de sua própria beleza.
Maracanãzinho, Rio de Janeiro, 25 de junho. Eram 26 jovens e o sonho de suceder a loura carioca Maria Raquel Elena de Andrade foi realizado por Ana Cristina, eleita aos 19 anos Miss Brasil, tendo as seguintes medidas: 1,72m, 59 kg, 93-60-93.
André Kallás – Revista Fatos & Fotos, 09 de junho de 1966. No final do concurso, ao sair do Maracanãzinho, Maria Elizabeth foi obrigada a dar centenas de autógrafos antes que os colecionadores entendessem que Ana Cristina ainda estava nos camarins. Na segunda-feira seguinte, Miss Brasil estava exausta, mas tinha o compromisso de comparecer a uma solenidade em sua homenagem. Maria Elizabeth, com um sorriso, mandou-a descansar e foi. Os promotores de festa não sabiam até hoje, que foi ela quem recebeu as homenagens pela irmã. Ficaram sabendo agora...
Ente elas existe apenas uma pequena diferença descoberta por F&F: uma pinta cinzenta sob o lábio inferior, lado direito, de Elizabeth, que ninguém nota. Quando estudavam juntas, na Escola Pública de Vilar dos Teles ou no Ginásio Santa Maria de São João do Meriti, as professoras e as freiras freqüentemente trocavam as notas de comportamento das duas., que eram diferentes. Ana Cristina sempre foi mais extrovertida, mais explosiva, e Maria Elizabeth mais meiga e mais quieta.
As irmãs viajaram para Miami, local de realização do Miss Universo 1966, despertando grande interesse da impressa.
Gervásio Batista – Revista Manchete, 16 de julho de 1966. Jamais uma Miss Brasil alcançou tanta popularidade – antes do início do concurso de Miss Universo quanto à loura Ana Cristina. Dias atrás, em Nova Iorque, ao ser apresentada às concorrentes, nossa Miss ouviu a mesma pergunta, feita quase a uma só vez: “E sua irmã, não veio? Será possível que ela seja tão bonita quanto você”?
O que mais impressiona em Ana Cristina, no confronto com as demais misses, é a sua espontaneidade. Enquanto algumas candidatas não conseguem disfarçar o nervosismo e outras se esforçam em afetação, a Miss Brasil conserva um sorriso franco e alegre. Todas as misses apontam Ana Cristina como provável vencedora em Miami.
Ao voltar para o Brasil assumiu publicamente seu namoro com Sergio Kattar, produtor da TV Tupi e executor geral do Miss Brasil. O namoro tinha começado no estádio Antonio Balbino, em Salvador.  Ana casou com Sergio na Igreja da Candelária, no dia 04 de julho de 1967.
Ao dar à luz a primeira filha, Ana lhe deu o nome de Margareta, em homenagem a Miss Suécia e Miss Universo 1966.
Maria Elizabeth fez um curso de modelo na Socila e aceitou o convite de uma empresa de propaganda e publicidade para ser o símbolo da garota Jovem Guarda a cara da nova geração iê-iê-iê. Ganhou as capas de revistas e posou para outdoors com o cabelo bem curto, à la Twiggy, passando a imagem da garota brasileira moderna.

Informações da revista Bella Beleza – Ano II – 4ª edição – outubro de 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...